... Recebo flores de pessoas que não vejo há muito tempo; Choramingo ao lembrar-me de outras que estão longe; Ligo a uma amiga só porque sim; Ouço rumores e viro as costas a sorrir; Vou a conduzir e não me importo com trânsito; Deixo pessoas só com uma garrafa de água para comprar passar à minha frente na fila do supermercado; Vejo mais donos a passear os cães na rua; Toca sempre uma música que gosto no rádio; Encontro vizinhos simpáticos à porta e conversamos sobre plantar batatas; Subo as escadas do apartamento aos saltos; Danço descalça e sozinha pela casa ao som de uma música antiga, sem me preocupar com as janelas abertas; Cozinho uma receita estranha que acaba por ser deliciosa; Vou ao cinema ver um filme de Zombies e sinto-me feliz de estar noutro mundo; Declamo uma cena de um dos meus filmes preferidos enquanto tomo banho; Deito-me com dores nas bochechas de ser feliz, nem que seja por meras horas.
Aprender a estar sozinha e feliz ajuda muito, quando o dia tem tudo para correr bem e o que falta é companhia.
Vivemos à margem, nas margens...
Vivemos à margem, nas margens...
quarta-feira, 31 de julho de 2013
quarta-feira, 24 de julho de 2013
It's coming!
Duas das minhas coisas preferidas: Comida e Filmes!
Está a chegar o Cloudy With a Chance of Meatballs 2! :D e promete!
Gosto de filmes de animação mas nenhum me fez rir como o filme original "Cloudy With a Chance of Meatballs", puro humor Inglês (o filme é dos EUA eu sei, but still) , com grande detalhe à linguagem. Estou ansiosa e já mandei umas gargalhadas com o trailer!
"Is that a ...shrimpanzee?"
"There's a Leek in the Boat!!!"
Hilarious.
quinta-feira, 11 de julho de 2013
Uma crise (de Orgulho)
Considero-me uma pessoa muito Orgulhosa, num bom sentido. Não demais ao ponto de não aceitar ajuda, por exemplo, mas gosto muito da minha integridade e de bem tratar e ser bem tratada. Sempre achei que não havia dinheiro que me comprasse isso. E não há, pelo contrário: é a falta dele que me afecta.
Digamos que ninguém me chama nomes, mas sou constantemente ofendida e tratada com pouco respeito, e noutras circunstâncias (num país onde tivesse emprego à fartazana), já tinha mantido o meu Orgulho e ter-me-ia demitido. Custa-me vir trabalhar todos os dias, e estou a sofrer uma crise de identidade e de amor-próprio porque não preciso disto para sobreviver (graças a Deus ainda tenho os meus pais), mas não consigo sair desta situação com receio de não voltar a ter emprego. Sempre achei que estivesse acima de tudo isso, e a minha Dignidade fosse o mais importante, mas até isso se revelou, afinal, não passar de um sonho de criança.
É claro que há limites para tudo e do limite não vai chegar a passar, mas é triste ter de me auto-questionar e de me calar quando me falam mal. E o mais frustrante, é que sempre fui pro-activa na luta da mulher como um papel forte na sociedade e desconfio que em parte sou assim tratada por usar saías. É frustrante viver com o sonho de mudar o Mundo e a forma como nos tratamos em sociedade e depois estar a reprimir este tipo de humilhação. Quem me conhecer fora deste contexto não me reconheceria quando estou a trabalhar: todo o brilho, energia e o maldito argumento sempre pronto à discussão saudável, desaparecem.
Infelizmente a única pessoa que me trata desta forma "é quem me ordena". Já apelei a pessoa em questão para a situação, mas a ameaça de que estava ser "respondona", demoveu-me. Queria dar-lhe uma lição de boa-educação, mas há mais pequena tentativa, sou ameaçada.
O meu lema durante muito anos foi retirado, ironicamente, de Pride and Prejudice: "A Good Man's Opinion Once Lost Is Lost Forever".... O orgulho recupera-se? Se não por parte dos outros, por nós próprios?
Um desabafo (demasiado comprido) convosco e gostaria de conhecera vossa opinião ou partilha de experiências na mesma situação.
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