Vivemos à margem, nas margens...

Vivemos à margem, nas margens...

Este é o pedaço de território onde queremos partilhar as nossas aventuras ao longo do comprido rio que temos vindo a seguir. Dois olhares diferentes, duas vistas distintas, mas sempre guiadas pelo mesmo farol...

domingo, 23 de novembro de 2014

Construindo Samuel

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/construindo-samuel-1676910

"Como é que tu estás?” “Eu estou bom, eu estou bom, eu estou bom”, tinha de parar de dizer “eu estou boa”. É como se tivesse um ginásio dentro da cabeça, era preciso treinar muito, repetir, repetir, fazer muitos exercícios para que as palavras lhe começassem a sair certas. Houve dias em que foi para a cama mentalmente exausto, “eram tantas as dores de cabeça. É um esforço enorme”. Conseguiu, agora raramente se engana. Mas Samuel mudou mais depressa do que o mundo à sua volta. Para a mãe, é mais difícil: ainda lhe saem frases misturadas, como “ela agora é o meu filho”. Ana precisa de mais tempo para se habituar à ideia de que deixou de ter uma filha.".
Público.

Gosto particularmente da perspectiva da mãe do Samuel, este amor de mãe que tudo ultrapassa, ou que tudo tenta ultrapassar.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Um e-mail de amor de madrugada

(E-mail enviado às 07:30 e depois de estar a trabalhar ao computador desde as 00:00)

Lembraste de lermos os textos do Maktub em que eu ia escrever sobre nós e sobre ti às tantas da manhã? É durante estas horas (que eu adoro viver, por muito que me prejudique) que me sinto mais próxima de ti e mais capaz de falar com o coração. Assim de rajada. Passei por aqui porque tenho estado a pensar em ti, gosto de pensar em ti enquanto te sei a dormir. E sei tão de cor o teu narizinho enquanto dormes. O dia nasce e nasce em mim novamente a vontade de te ser e de te ter. Como se tivesse havido durante a madrugada um momento só meu, em que o mundo parou e o que eu escolhi fazer foi pensar em ti. Porque te Amo. E porque serás sempre o sítio para onde o meu pensamento fugirá em madrugadas só minhas. Serão só minhas, se fujo sempre para ti? Sim, sempre só minhas. Mas em mim respiras sempre tu.

Love,

T.S.

(Trabalhar pela noite dentro tem um efeito catártico em mim bastante interessante, hoje o resultado foi este e-mail enviado para a A.G. em que tento explicar-lhe este fenómeno, que ela odeia por não gostar que eu não durma direito.)