Vivemos à margem, nas margens...

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Este é o pedaço de território onde queremos partilhar as nossas aventuras ao longo do comprido rio que temos vindo a seguir. Dois olhares diferentes, duas vistas distintas, mas sempre guiadas pelo mesmo farol...

sexta-feira, 17 de maio de 2013

O que podemos fazer?

Estou a pedir a vossa ajuda sincera.

Hoje cheguei ao trabalho e disse, muito contente, para uma colega que sei que tem casais amigos do mesmo sexo e já havia mostrado a sua "abertura" para a aceitação da homossexualidade:

 - Viste a boa notícia? Foi aprovada a coadopção entre casais do mesmo sexo.
 - Boa notícia? Eu não concordo com isso.
 - Então?
 - Eu concordo que os homossexuais podem estar juntos...até concordo com lésbicas ("Concordas com Lésbicas? Quê? Uh? WHAT?"), mas isso acho mal.
 - Então porquê?
 - Porque eles vão influenciar a homossexualidade das crianças. Qualquer dia, por esse andar, se eles começam a criar as crianças, são mais os "anormais" do que pessoas normais.

(...)

Tentei explicar-lhe que não é assim. E que isso não é uma opinião pessoal, está estudado cientificamente. Mas ela acabou só com:

"Ah...Aprovam tudo, também...."

Agora muito sinceramente: O que podemos fazer activamente para combater isto? Acções de formação? Escrever Livros; Campanhas nas Redes Sociais? O quê?

Cada vez tenho menos paciência para estas mentalidades. Mas se ignorar sinto que estou a ajudar a prolongar o sofrimento de outros....

4 comentários:

Nikkita disse...

Pois...continuo sem perceber essas reacções e preconceitos. A sério. Mas onde andam estas pessoas com as ideias...? Que tristeza... :(

Carla |O| disse...

A opinião da tua colega é fruto de ignorância pura e não deves colocar muita tensão nisso, por muito que te irrite e eu sei que irrita. Sobretudo porque me parece que disse o que disse sem ter pensado muito no assunto. Porque se tivesse pensado ter-se-ia dado conta da estupidez proferida. Nestes casos ajuda por as pessoas a pensar. Leva-las a obter sozinhas as respostas de que precisam.

Questiona-a. Há muitas questões que lhe podes fazer. Mas sem esperares pela resposta. A resposta terá que ser ela a dar a ela própria. Entre duas opções qual é a melhor. Mas a melhor não de acordo com aquilo que ela pensa – ou acha que pensa - mas de acordo com aquilo que é o mais correcto para a criança. E não lhe dês importância. Não te inflames.

E questiona-a também sobre se, dado que o Parlamento é a expressão politica do povo, dado que as pessoas que estão no Parlamento representam a população não será sinónimo da opinião da populaçao que a maioria do parlamento – de diferentes quadrantes políticos – tenha aprovado a lei? E se aprovaram a lei foi porque a lei está errada, foi porque a lei não é justa?

As pessoas são ignorantes porque desconhecem. Se ela estiver disposta a, pelo menos, olhar o mundo dos outros mostra-lhe isto:
http://www.youtube.com/watch?v=3z6nXxmpZ6Y

É um documentário sobre famílias homoparentais.

um quarto para duas disse...

Hum... é sempre aquele assunto que nos deixa os cabelos em pé. O que podemos fazer (por muito que nos falte a paciência) é educar e explicar. Mostrar um pouco da nossa realidade, leva-la a informar-se melhor sobre o assunto. Eu própria, por vezes, tenho de contar até dez para não virar as costas a pessoas que falam sem pensar, que são ignorantes porque nunca se preocuparam em não o ser. Nós não podemos mudar o mundo, nem podemos mudar (de um momento para o outro) aquilo que as pessoas pensam)mas podemos informar e educar.
Enfim, podemos organizar alguma coisa. Uma campanha nas redes sociais, talvez. Basta juntarmo-nos todas, tenho a certeza que aqui pelos blogs haverá gente a querer colaborar!

Anónimo disse...

Tira-me do sério...
Aliás, se esse pensamento tivesse fundamento, então ninguém era homossexual.
Todos nós fomos educados por casais heterossexuais, logo seriamos heterossexuais...

Ainda por cima nem sabem o que dizem, é só o senso comum em modo automático a falar.